Controle da Bola Em Contato Com a Raquete/Ball Control in Contact With Racket*

Será Que Podemos Controlar a Bola Enquanto Está Em Contato Com a Raquete?

Se Você Acha Que Sim, Não Perca Seu Tempo Lendo Esse Artigo!

Olá tenista!

É muito comum ouvirmos dos tenistas o termo "não estava sentindo a bola" após um jogo.
Inúmeros são os motivos que causam tal sensação: raquete, tensão do encordoamento, tipo de bola, temperatura, vento, umidade relativa, altitude, tipo de quadra, além dos fatos intangíveis como, humor, cansaço físico e mental, saúde debilitada, entre outros.

 A questão acima é de muita complexidade e deverá ser objeto de uma matéria a ser publicada num futuro próximo.

Hoje vamos tratar de uma questão mais amena, que trata da bola em contato com a raquete.

Será que é possível mudar a velocidade, ângulo e direção da bola no exato momento do contato com a raquete?
É isso que vamos analisar no decorrer desse artigo.

Na publicação "Impacto da Bola na Raquete de Tênis", Simon Goodwill demonstrou que o tempo da bola em contato com a raquete se situa entre 3 e 5 ms (milissegundos) com encordoamentos de 40 libras e 70 libras.

https://www.youtube.com/watch?v=VHV1YbeznCo

No link acima é apresentada a filmagem de uma bola na raquete sendo lançada a 142 mph ou 228,48 km/h em um saque com 6.000 quadros/segundo.

Para os leitores do blog que não estão afeitos aos tempos de reação do ser humano, vamos apresentar um caso real que ocorre nas provas de atletismo dos 100 e 200 m rasos.

Diversos estudos já publicados revelaram que o tempo de reação audível de um atleta de alto nível em corridas de curta distância, 100 e 200 m rasos, situa-se entre 120 e 150 ms.

Em outras palavras, após o tiro de partida, os atletas passam a se mover em direção à linha de chegada dentro daqueles parâmetros já mensurados.


Ocorre, que até um tempo atrás, muitos atletas tentavam "descobrir" qual seria o tempo da largada, partindo milésimos de segundos antes que o tiro acontecesse. E isso era extremamente difícil de se avaliar, mesmo com imagens em câmera lenta.

Para solucionar esse problema, a IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo) estabeleceu que o tempo mínimo de reação não pode estar abaixo de 100 ms.

Para tanto, os blocos, ou o apoio dos pés para a largada, possuem um sensor de pressão elétrico que determina qual a reação do atleta após o tiro de partida. 
Se o atleta, se moveu antes dos 100 ms, será banido da prova. Vários atletas de elite já foram desclassificados em virtude de tal procedimento.


Foto dos blocos de partida com sensores e alto-falantes.

Com esse procedimento, a IAAF matou dois coelhos com uma única cajadada.
Conseguiu determinar as saídas "falsas" e ao mesmo tempo ter um histórico dos tempos de largada de cada atleta, propiciando aos interessados informações valiosas para análises e treinamentos.




Foto da partida dos 200 m rasos com o tempo de 0,2 s ou 200 ms decorridos.

Mas, o que o tempo de reação dos atletas tem a ver com a bola em contato com a raquete?
Muito mais que você possa imaginar!

Quando a bola toca na raquete, ela recebe uma força de reação que é transferida para o braço e através de impulsos elétricos, via sinapses.
Tais informações vão até o cérebro onde são decodificadas em sensações, no caso táteis.

Existe uma distância a ser percorrida entre a raquete e o cérebro, e isso não ocorre de forma instantânea, portanto há um "delay" ou atraso no envio da informação.

A velocidade de trânsito da sensação tátil, é ligeiramente menor do que a audível, mas pouco relevante para o exercício que vamos apresentar.

Vamos imaginar que após a bola contatar a raquete, o tempo de viagem da informação até o cérebro e de reação, seja da ordem de 120 ms.

Ora, se a bola se mantém em contato com a raquete em pelo menos 3 ms, teremos uma situação no mínimo curiosa.
Quando a bola deixar a raquete teremos 120 - 3 = 117 ms que se passaram e isso significa que a bola já estará muito longe da zona de impacto.
Quanto maior a velocidade, maior será a distância da raquete em relação à bola após o contato.


O gráfico acima demonstra o espaço percorrido com a bola em contato com a raquete. Podemos notar que o espaço mínimo percorrido é 15 mm e o máximo 55 mm. 
Fonte: Simon Goodwill

Se estabelecermos como média o espaço de 35 mm da bola em contato com a raquete, teremos que em 117 ms a bola estará cerca de 1365 mm ou 1,36 m da raquete, portanto não teremos mais controle sobre a citada bola!

Os cálculos são os seguintes:

Tempo da bola na raquete: 3 ms
Espaço médio percorrido com a bola na raquete: 35 mm
Tempo corrido: 120 - 3 = 117 ms
Espaço percorrido pela bola após o contato com a bola = 117/3 x 35 = 1365 mm ou 1,36 m.

Na realidade, esse espaço deverá ser um pouco menor, pois após o contato com a raquete, a bola passará sofrer a resistência do ar e isso reduzirá a distância percorrida.
Enquanto a bola estiver em contato com a raquete, haverá também resistência do ar, só que a bola estará sofrendo uma força oposta que é a da raquete.

Em outras palavras, quando o jogador "sentir" a bola na raquete, ela já se afastou da mesma há muito tempo e não há mais como controlar qualquer o contato entre ambas.

Para um melhor esclarecimento do fato, vamos fazer uma grosseira comparação com a luz do Sol que chega até nós, sobreviventes de um tal planeta Terra.

A distância entre o tal planeta Terra e o Sol é da ordem de 150 milhões de quilômetros que é conhecida como uma Unidade Astronômica (UA) pelos cosmólogos.
Sabemos que a velocidade da luz no vácuo é de 299.792.458 m/s ou cerca de 300.000 km/s.

Como S = V x T temos:

S = espaço
V = velocidade
T = tempo

logo,

T = S/V = 150.000.000/299.792,458 = 500,35 segundos ou 8,33 minutos!

Isso significa que o Sol que vemos aqui no poluído planeta Terra, é um Sol de 8,33 minutos atrás, estamos vendo o passado dele!

Tudo isso foi contado a você, leitor do blog, por um único motivo.
Quando preparar um golpe no tênis, se calculou mal, se desferiu o golpe antecipadamente ou tardiamente, se errou o ângulo de ataque da raquete e houve contato com a bola, não há nada mais a fazer!

Para os tenistas inteligentes, esse artigo abre uma janela de imensas oportunidades de aprimoramento no desenvolvimento de seus jogos.

Quando algum tenista lhe disser que tem controle sobre a bola na raquete, pergunte, você tem um "tempinho"?

Um forte abraço
Franco Morais
www.tenniscience.com.br


Ball Control In Contact With Racket*

Can We Control The Ball While In Contact With The Racket?

If you think so, don't waste your time reading this article!

Hello tennis player!

It is very common to hear from tennis players the term "I was not feeling the ball" after a game.
There are countless reasons that cause this sensation: racket, string tension, type of ball, air temperature, wind, relative humidity, altitude, type of court, in addition to intangible facts such as mood, physical and mental tiredness, poor health, among others. .

 The above question is very complex and should be the subject of a article to be published in the near future.

Today we are going to deal with a milder issue, which deals with the ball in contact with the racket.

Is it possible to change the speed, angle and direction of the ball at the exact moment of contact with the racket?
That is what we will analyze in the course of this article.

In the publication "Impact of the Ball on the Tennis Racket", Simon Goodwill demonstrated that the time of the ball in contact with the racket is between 3 and 5 ms (milliseconds) with strings of 40 pounds and 70 pounds.

https://www.youtube.com/watch?v=VHV1YbeznCo

The link above shows footage of a ball on the racket being launched at 142 mph or 228.48 km / h in a serve with 6,000 frames / second.

For readers of the blog who are not familiar to human reaction times, we will present a real case that occurs in the athletics events of 100 and 200 meters dash.

Several studies already published have revealed that the audible reaction time of a high level athlete in short distance runs, 100 and 200 m dash, is between 120 and 150 ms.

In other words, after the starting shot, athletes start moving towards the finish line within those parameters already measured.

It happens that, until a while ago, many athletes tried to "find out" what the start time would be, leaving milliseconds before the shot happened. That action was extremely difficult to assess, even with slow motion images.

To solve this problem, the IAAF (International Association of Athletics Federations) has established that the minimum reaction time must not be below 100 ms.

For this, the blocks, or the feet support for the start, have an electric pressure sensor that determines what the athlete's reaction after the starting shot.


If the athlete moved before 100 ms, he will be banned from the race. Several elite athletes have already been disqualified as a result of this procedure.




Photo of the 200 m dash with the time of 0.2 s or 200 ms elapsed.


But, what does the athletes' reaction time have to do with the ball in contact with the racket?

Much more than you can imagine!

When the ball touches the racket, it receives a reaction force that is transferred to the arm and through electrical impulses, via synapses.

Such information goes to the brain where it is decoded into sensations, in this case tactile.

There is a distance to be traveled between the racket and the brain, and this does not happen instantly, so there is a delay in sending information.

The transit speed of the tactile sensation is slightly lower than the audible, but not relevant to the exercise we are going to present.

Let's imagine that after the ball contacts the racket, the travel time of the information to the brain and the reaction, is in the order of 120 ms.

Now, if the ball remains in contact with the racket for at least 3 ms, we will have a situation at least curious.

When the ball leaves the racket we will have 120 - 3 = 117 ms that have passed and that means that the ball will be far from the impact zone.

The higher the speed, the greater the racquet's distance from the ball after contact.


The graphic above shows the space covered with the ball in contact with the racket. We can see that the minimum space traveled is 15 mm and the maximum 55 mm.

Source: Simon Goodwill

If we establish 35 mm space of the ball in contact with the racket as an average, we will have that in 117 ms the ball will be about 1365 mm or 1.36 m from the racket, so we will no longer have control over that ball!

The calculations are as follows:

Ball time on racket: 3 ms

Average space covered with the ball on the racket: 35 mm

Running time: 120 - 3 = 117 ms

Space covered by the ball after contact with the ball = 117/3 x 35 = 1365 mm or 1.36 m.

In reality, this space should be a little smaller, because after contact with the racket, the ball will undergo air resistance and this will reduce the distance covered.

As long as the ball is in contact with the racket, there will also be air resistance, but the ball will be suffering an opposite force which comes from the racket.

In other words, when the player "feels" the ball on the racket, it has moved away from it for a long time and there is no way to control any contact between them.

For a better clarification of the fact, let's make a rough comparison with the sunlight that reaches us, survivors of such a planet Earth.

The distance between this planet Earth and the Sun is of the order of 150 million kilometers that is known as an Astronomical Unit (AU) by cosmologists.

We know that the speed of light in a vacuum is 299,792,458 m / s or about 300,000 km / s.

As S = V x T we have:

S = space

V = speed

T = time

Therefore,

T = S / V = ​​150,000,000 / 299,792,458 = 500.35 seconds or 8.33 minutes!

This means that the Sun we see here on the polluted planet Earth, is a Sun of 8.33 minutes ago, we are seeing his past!

All of this was told to you, the blog reader, for a single reason.

When preparing a stroke on tennis, if you miscalculated, hit early or late, if the racket's angle of attack was wrong and contact with the ball happened, there is nothing more to do about it!

For smart tennis players, this article opens a window of immense opportunities for improvement in the development of their games.

When a tennis player tells you that we have control over the ball on the racket, ask, can we talk a little bit?

Best regards
Franco Morais
www.tenniscience.com.br





Ser Tenista Número 1 do Mundo/Can Any Tennis Player be World Number 1?*

Será Que Qualquer Tenista Pode Ser Número 1 do Mundo?

Se Você Acha Que Sim, Então Não Perca Tempo Lendo Esse Artigo!

Olá tenista!

Muito se comenta sobre análises, planos, estratégias, academias milagrosas, treinadores mágicos que produzem tenistas de elevado nível profissional.

Como os valores envolvidos nas premiações do tênis profissional são estratosféricos para os atletas de elite, muitos pais, encantados com a possibilidade de ficarem milionários, investem pesado na carreira de seus filhos desde a tenra idade.

A impressão que se tem é que qualquer mortal comum pode se candidatar a ser número 1 do mundo na prática profissional do tênis.

Ledo engano!
E isso vale para qualquer atividade esportiva.

Existe uma variável ainda incontrolável que é a genética.
Digo ainda, pois na velocidade que as tecnologias avançam e com o advento do computador quântico, talvez nos próximos cem anos possamos interferir a fundo no controle genético do ser humano.

Estima-se que o homem moderno, o Homo Sapiens, tenha cerca de 300.000 anos, portanto, cem anos nada representam nesse contexto.
Essa nova estimativa da idade do Homo Sapiens foi publicada pela prestigiosa revista "Nature" no ano de 2017.

Enquanto o controle genético não ocorre, existe uma maneira de se avaliar a capacidade genética no que tange as fibras musculares esqueléticas de cada atleta, antes de se investir pesadamente na sua carreira.
Ao longo do artigo, os leitores do TenniScience vão melhor compreender a importância da genética na atividade esportiva.

Primeiramente, vamos tecer algumas considerações básicas sobre nossas fibras musculares, para desespero e desencanto dos aloprados pais de futuros tenistas.

À luz da ciência de hoje, a cadeira de Fisiologia nomeia nossas fibras musculares esqueléticas em três categorias:

  • Tipo I - Fibras vermelhas
  • Tipo IIa - Fibras vermelhas ou rosadas
  • Tipo IIb ou Tipo IIx - Fibras brancas
O Autor não vai se aprofundar sobre detalhes físico-químicos das mencionadas fibras, pois isso mereceria inúmeros artigos sobre a questão.

Para quem desejar se aperfeiçoar na matéria recomendo o livro do Professor Doutor Valdir José Barbanti, intitulado "Treinamento Esportivo - As capacidades motoras dos esportistas" da Editora Manole.
Na minha modesta opinião, deveria ser leitura obrigatória de todo o atleta que queira se diferenciar dos mortais comuns.

Sobre as fibras musculares, considero necessário comentar que tais fibras só operam em ações de contração, em outras palavras, somente contraem as musculaturas ou estão em repouso.

Feitos os comentários iniciais, vamos para a definição de cada fibra muscular:



Fonte:https://www.efdeportes.com/efd167/adaptacoes-moleculares-das-fibras-musculares.htm

Para quem pratica tênis, o ideal seria ter suas fibras musculares esqueléticas Tipo IIb em função das características que o esporte exige.
Rápida movimentação e elevado esforço em um curto espaço de tempo.
Esse assunto já foi abordado na postagem "O que representam cinco horas em um jogo de tênis".

A tabela abaixo, na primeira linha, apresenta as velocidades de contração das Fibras Tipo I e Tipo II:


Table 2.2. Characteristics of muscle fibers
Characteristics
Fast-twitch fibers Slow-twitch fibers
Time to maximal contraction (ms) 50–80 100–200
Frequency to reach tetanic contraction (Hz/s) 60 16
Myoglobin and mitochondria density Low High
Dominant pathway of ATP synthesis Anaerobic Aerobic
Glycogencontent High Low
Myosin-ATPase activity High Low
Capillarization Low High
Fatigue resistance Poor High
Size of motor neuron Big Small
Threshold High Low
Force-generating capacity High Low

Fonte: https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/fast-muscle-fiber

Fast-twitch fibers e Slow-twitch fibers significam tempos em ms(milissegundos) de contração muscular de fibras rápidas e lentas respectivamente.


Ora, se um atleta nasceu com uma contração muscular de 50 ms, como é que alguém que nasceu com uma contração muscular de 100 ou 200 ms vai competir com o primeiro?

Simplesmente não há menor chance, pois estamos falando do dobro ou do quádruplo tempo de contração muscular entre os dois atletas, mesmo que os dois tenham a mesma capacidade técnica e mental.

Na atividade esportiva do tênis, o que comanda o espetáculo é a rapidez que os atletas se movimentam e também a velocidade que o golpe é produzido.
Como Força = Massa x Aceleração, não há como desprezar a variável velocidade dividida pelo tempo, que resulta em aceleração.

Logo, o atleta que nasceu com uma genética favorável, com uma densidade maior de fibras Tipo IIb, sem a menor dúvida terá uma enorme vantagem contra um adversário que contém uma alta densidade de Fibras Tipo I.

Como podemos avaliar ou mensurar os tempos de contração muscular de um atleta?
  • Biópsia - análise do tecido muscular esquelético através de agulhas ou aspiração.
  • Eletromiografia - análise do tecido muscular esquelético através de eletrodos ou agulhas que analisam os sinais elétricos que os músculos liberam.
  • Dermatoglifia - análise do tecido muscular esquelético através do estudo das impressões digitais.
Esse último caso, não é bem a situação de um indivíduo convidado a visitar uma Delegacia de Polícia e ter suas impressões digitais analisadas.
O Autor espera que os leitores do blog não tenham passado por esse dissabor.

O Autor considera fundamental comentar que um atleta que nasce com uma genética caracterizada por predominância de fibras musculares de rápida contração é raríssimo e é por isso que apenas três jogadores dominam há décadas o tênis profissional mundial: Nadal, Djokovic e Federer.
No caso do atletismo, tivemos Usain Bolt dominando os 100 e 200 m no atletismo por inúmeros anos.

É claro que além das fibras musculares Tipo IIb, o atleta vencedor e de elite, também deve possuir qualidades intangíveis tais como elevada força mental, garra, entusiasmo, sentir-se um vencedor, superar lesões com rapidez, aceitar viajar constantemente, viver em hotéis, adaptar-se rapidamente a diferentes fusos horários e quadras e inúmeras outras propriedades.

A matéria em pauta mereceria uma infinidade de informações adicionais, mas o Autor acredita que o conceito fundamental foi absorvido pelos leitores do blog.

Quando alguém lhe afirmar que tem um filho que será número 1 do mundo em qualquer esporte, pergunte, você tem um "tempinho"?

Um forte abraço
Franco Morais
www.tenniscience.com.br


Can Any Tennis Player Be World Number 1?*

If you think so, then don't waste time reading this article!


Hello tennis player!

Much is said about analyzes, plans, strategies, miraculous academies, magic coaches that produce tennis players of high professional level.

As the values ​​involved in professional tennis awards are stratospheric for elite athletes, many parents, delighted with the possibility of becoming millionaires, invest heavily in their children's careers from an early age.

The impression is that any ordinary mortal can apply to be number 1 in the world in professional tennis practice.

Huge mistake!

And that goes for any sporting activity.

There is a still uncontrollable variable that is genetics.

I still say, because in the speed that the technologies advance and with the advent of the quantum computer, maybe in the next hundred years we can interfere deeply in the genetic control of the human being.

It is estimated that modern man, Homo Sapiens, is about 300,000 years old, therefore, a hundred years represent nothing in this context.

This new estimate of the age of Homo Sapiens was published by the prestigious magazine "Nature" in the year 2017.

While genetic control does not take place, there is a way to assess the genetic capacity regarding the skeletal muscle fibers of each athlete, before investing heavily in his career.

Throughout the article, TenniScience readers will better understand the importance of genetics in sports.

First, let's make some basic considerations about our muscle fibers, to the despair and disenchantment of the crazy parents of future tennis players.

In the light of today's science, the Physiology field names our skeletal muscle fibers in three categories:


  • Type I - Red fibers
  • Type IIa - Red or pink fibers
  • Type IIb or Type IIx - White fibers

The Author will not delve into the physical-chemical details of the mentioned fibers, as this would deserve numerous articles on the issue.

For those who want to improve in the matter, I recommend the book written in portuguese by Professor Doctor Valdir José Barbanti, entitled "Treinamento Esportivo - As capacidades motoras dos esportistas" da Editora Manole.

In my humble opinion, it should be a must-read for any athlete who wants to differentiate themselves from ordinary mortals.

Regarding muscle fibers, I consider necessary to comment that such fibers only operate in contraction actions, in other words, they only contract the muscles or are at rest.

Having made the initial comments, let's go to the definition of each muscle fiber:



Source:https://www.efdeportes.com/efd167/adaptacoes-moleculares-das-fibras-musculares.htm

For those who practice tennis, the ideal would be to have the Type IIb skeletal muscle fibers according to the characteristics that the sport requires.

Fast movement and high effort in a short time.

This subject has already been covered in the post "What does five hours represent in a tennis game".

The table below, in the first row, shows the contraction speeds of Type I and Type II fibers:

Table 2.2. Characteristics of muscle fibers
Characteristics
Fast-twitch fibersSlow-twitch fibers
Time to maximal contraction (ms)50–80100–200
Frequency to reach tetanic contraction (Hz/s)6016
Myoglobin and mitochondria densityLowHigh
Dominant pathway of ATP synthesisAnaerobicAerobic
GlycogencontentHighLow
Myosin-ATPase activityHighLow
CapillarizationLowHigh
Fatigue resistancePoorHigh
Size of motor neuronBigSmall
ThresholdHighLow
Force-generating capacityHighLow

Now, if an athlete was born with a muscle contraction of 50 ms, how someone who was born with a muscle contraction of 100 or 200 ms will compete with the first?

There is simply no chance, because we are talking about double or quadruple time of muscle contraction between the two athletes, even if both have the same technical and mental capacity.

In tennis sporting activity, what controls the show is the speed at which the athletes move and also the speed at which the stroke is produced.

As Force = Mass x Acceleration, there is no way to neglect the variable speed divided by time, which results in acceleration.

Therefore, the athlete who was born with a favorable genetics, with a higher density of Type IIb fibers, will undoubtedly have a huge advantage against an opponent that contains a high density of Type I fibers.

How can we assess or measure an athlete's muscle contraction times?
  • Biopsy - analysis of skeletal muscle tissue using needles or aspiration.
  • Electromyography -  analysis of skeletal muscle tissue using electrodes or needles that analyze the electrical signals that the muscles release.
  • Dermatoglyphics - analysis of skeletal muscle tissue through the study of fingerprints.
The latter case is not quite the situation of an individual invited to visit a police station and have his fingerprints analyzed.

The Author hopes that the blog readers have not gone through this dissatisfaction.

The Author considers essential to comment that an athlete who is born with a genetics characterized by a predominance of fast-twitch muscle fibers is extremely rare and that is why only three players have dominated the world professional tennis for decades: Nadal, Djokovic and Federer.

In the case of athletics, we had Usain Bolt dominating the 100 and 200 m in athletics for countless years.

Of course, in addition to Type IIb muscle fibers, the winning and elite athlete must also have intangible qualities such as high mental strength, determination, enthusiasm, feeling like a winner, overcoming injuries quickly, accepting to travel constantly, living in hotels , adapt quickly to different time zones and courts and countless other properties.


The article in question would deserve a multitude of additional information, but the Author believes that the fundamental concept was absorbed by the blog readers.

When someone tells you he has a child who will be number 1 in the world in any sport, ask, can we talk a little bit?

Best regards
Franco Morais
www.tenniscience.com.br

Qual o Papel do Momento de Inércia nos Golpes de Tênis?/What is the Role of Moment of Inertia in Tennis Strokes?*

Você Sabe o Que Significa Momento de Inércia e Qual Seu Efeito no Jogo de Tênis?

Se Sabe, Não Perca Seu Tempo Lendo Esse Artigo!

Olá tenista!

Há alguns anos atrás, uma tenista amiga do Autor perguntou o que era o gesto ou o movimento "Speed Stop".

O Autor pensou bem e no momento não conseguiu encontrar uma resposta para tal pergunta, já que nunca tinha ouvido falar sobre esse movimento ou golpe no tênis.
Ela riu e enquanto ele pensava, a amiga fez o movimento referente ao tal do "Speed Stop".

Sabe a que ela se referia?
Nada mais do que o "Split Step"!
Bem, isso aconteceu em um clube que é referência nacional e mundial na área de esportes.
E adivinhe quem explicou a ela em uma aula o que era o "Speed Stop"?
Seu "professor de tênis" do mencionado clube!

Para o "professor", na sua simplicidade e despreparo, o seu "Speed Stop" era  apenas o "Split Step".
Naquele momento, o Autor, quase infartou.
Na verdade, não sabia se ria ou chorava de tristeza.
Imagine agora o que ocorre ao longo do país no que tange ao despreparo dos "professores, técnicos e treinadores" no que concerne ao ensino do tênis.
E isso vale para todos os campos de aprendizado.

Feitos esses curiosos e lamentáveis comentários, podemos entrar numa área um pouco mais árida e tratarmos de um assunto fundamental para o avanço do nível de tênis dos leitores do TenniScience.

Hoje, o Autor vai lhe apresentar a aplicação do Momento de Inércia nos golpes de direita ou forehand. 
Claro que isso também vale para os canhotos.

O Momento de Inércia é uma força que se opõe a qualquer movimento de rotação.
Não tem nada a ver com forças de atrito, aerodinâmicas ou quaisquer outras.
É uma propriedade de qualquer matéria.

Esse conceito é fundamental e no tênis não pode ser jamais esquecido.
Está ligado à Primeira Lei de Newton, mas não tem a mesma função.

Sua fórmula é: I = m x r²
I = momento de inércia
m = massa
r = raio
Ou seja, massa do corpo vezes o raio do mesmo corpo elevado ao quadrado.
Muito simples, mas de um poder extraordinário, especialmente no tênis.

O Momento de Inércia é aplicado em inúmeros casos no dia a dia de nossas vidas.
Um bom exemplo são as rodas de liga leve utilizadas nos carros.
Elas não são apenas mais bonitas do que as de aço, elas ajudam e muito a reduzir o consumo de combustível.

E porque as rodas de liga leve levam vantagem com relação às de aço?
Peso, peso e peso!
Como as dimensões das rodas de liga leve e aço são semelhantes, o peso é que vai ditar as vantagens.
Como I = m x r², se nós reduzirmos a massa ou o peso, a força contrária ao movimento de rotação ou o Momento de Inércia será menor, logo menos potência do motor será exigida com consequente redução de combustível.



Exemplo ao vivo e extraordinário da patinadora rotacionando no ar e aplicando brilhantemente o Momento de Inércia para os seguidores do blog.
Note que os braços da patinadora estão totalmente encolhidos e apoiados no tórax. 
Nessa posição ela atingiu a máxima eficiência para reduzir seu Momento de Inércia e produzir a mais elevada rotação.

Muito bem, e o que o Momento de Inércia tem a ver com um golpe de direita ou forehand?
Simplesmente tudo e mais alguma coisa!
Mas isso não é explicado aos alunos tenistas, pois a cadeira Resistência dos Materiais infelizmente não é ministrada nas Escolas de Educação Física.

A preparação de um golpe de direita exige atenção especial.
Não vou tratar do posicionamento dos pés, pois exigiria um outro artigo.

O que efetivamente nos interessa é que o ombro oposto, ou seja o esquerdo, esteja apontado para a bola.

E não só isso, o braço e antebraço esquerdos devem estar estirados ao esticados em direção à bola, para compensar o equilíbrio do corpo, já que o braço e o antebraço direitos, estarão também estirados e empunhando a raquete.



A foto acima mostra claramente o tenista apontando o braço esquerdo estirado para a bola, equilibrando o corpo, já que o braço direito está também estirado em função da preparação do golpe.
Note que o ombro esquerdo está apontando também para a bola.
Posição perfeita para desferir o golpe!

Na esmagadora maioria dos tenistas principiantes e mesmo intermediários, tal posicionamento acima não ocorre, e os "professores" não corrigem o gesto.
Vemos então braço esquerdo caído, contraído e a impressão que se tem é que tais atletas jogariam sem o menor problema com a mão esquerda no bolso!

Como o golpe de direita só efetivamente tem sucesso e potência se houver rotação do nosso tronco e consequentemente do ombro, aí entra o nosso ousado, destemido e incorruptível Momento de Inércia.

E aí, como posso reduzir a força que resiste à rotação do tronco e dos ombros?
As massas dos braços e antebraços direito e esquerdo são iguais, exceto por algo em torno de 300 g referentes ao peso da raquete.
Os ombros, esquerdo e direito, podem ser considerados com as mesmas massas.

Ora, se não posso reduzir a massa dos membros durante o golpe, posso reduzir o raio do meu braço esquerdo e com isso diminuir o Momento de Inércia!

Idealmente, seria salutar, reduzir também um pouco o comprimento do braço e antebraço direito para produzir mais resultado no somatório total do Momento de Inércia, mas isso será discutido em um futuro artigo para tenistas avançados.

Qual a tática?
Durante o movimento, quando disparo o golpe, vou encurtando em alta velocidade o braço e antebraço esquerdo até a mão bater no meu tórax ou peito.
É a menor medida que posso encurtar o meu braço durante o gesto.
Simples assim!

Nos jogos profissionais, podemos observar o braço e antebraço direito e esquerdo praticamente estirados, mas à medida que o golpe vai sendo produzido, o braço esquerdo vai sendo encolhido até bater no peito ou tórax.
Isso produz uma brutal rotação do tronco e dos ombros, consequentemente uma grande aceleração da raquete e da bola é produzida.



Del Potro demonstrando para deleite dos leitores do blog a finalização do golpe de direita com aplicação do Momento de Inércia.
Não vemos na foto, o início do golpe, mas sem a menor dúvida, o ombro esquerdo e o braço certamente estavam apontados para a bola.
Del Potro perdeu um pouco de energia, que poderia ser transferida para a bola, se tivesse encostado a mão esquerda totalmente no corpo.
Teria reduzido ainda mais o comprimento do braço e diminuído o Momento de Inércia.



Federer fazendo uma exibição para os leitores do blog, demonstrando reduzir o comprimento do braço esquerdo para também diminuir o Momento de Inércia e com isso acelerar a rotação dos ombros.
Com isso acelera tremendamente a raquete e por sua vez a bola.
Infelizmente não temos a finalização completa do golpe.



Forehand completo de Federer demonstrando a aplicação do Momento de Inércia

Nesse link Federer demonstra a aplicação completa do Momento de Inércia utilizando a contração do braço esquerdo junto ao corpo para maximizar a rotação dos ombros.


Sofia Kenin, exibindo para os privilegiados leitores do blog, o estado da arte da finalização de um golpe de direita.
Braço esquerdo totalmente encolhido, tocando o tórax, reduziu ao máximo o Momento de Inércia e promovendo brutal giro dos ombros e consequentemente acelerando ao máximo a bola.
Com uma pequena estatura, braços curtos, pernas curtas, aplicou a Física totalmente a seu favor.
Será que ela ganhou o Australian Open por acaso?

Quem pensa que os braços é que produzem a aceleração da raquete, está completamente equivocado.
Os braços são acelerados pela rotação do tronco e ombros.
Claro, que em muitas situações emergenciais onde não há tempo para rotacionar tronco e ombros, podemos utilizar apenas a aceleração do braço, mas a potência e velocidade serão comprometidas.

A seguir, vamos simular uma experiência aplicando o Momento de Inércia.
A fórmula, como já sabemos, é a seguinte:
I = m x r² 
O braço do Autor, quando estirado, tem cerca de 0,60 m até o ombro.
Quando o braço for encolhido no final do movimento, terá encostado no peito, com um comprimento em torno de 0,10 m em relação ao ombro.

Para efeito de cálculo e simulação, vamos considerar que o braço direito não interfira no processo.

Braço esquerdo estirado
I = m x 0,60²  => I = m x 0,36

Braço esquerdo encolhido
I = m x 0,10² => I = m x 0,01

Proporção do Momento de Inércia dos braços estirado/braço encolhido = 0,36/0,01 = 36!

É essa a redução que o Momento de Inércia teria no exemplo hipotético, e isso significa muito menos esforço para rotacionar os ombros, acelerando com isso a raquete e por sua vez a bola.

Como os raios são elevados ao quadrado, os valores são brutalmente alterados em função de seus comprimentos variáveis.

É claro que o valor obtido de 36 não representa a realidade dos fatos, pois teríamos que medir o exato raio de rotação de nosso corpo completo, antes e no final do golpe, mas o exercício acima demonstra a força do nosso estimado e incorruptível Momento de Inércia.

Não é por acaso que o nível do tênis profissional brasileiro hoje se apresenta em queda livre e as perspectivas não são das melhores.

Em nenhuma área do desenvolvimento humano, é possível obter avanço sem estudo, pesquisa e tecnologia.

Compartilhe as informações apresentadas pelo Autor para formarmos uma cruzada em prol da capacitação do tênis brasileiro no seu mais alto nível.
Na página "Sobre o Autor", é mencionado que a informação que não é disseminada, vale zero!

Não aceite que seu "professor, instrutor ou técnico" continuem com a velha tradição dos incentivos "linda, boa bola, vai nela, força" e bizarros comentários.

Num jogo tênis, os detalhes são fundamentais e o sucesso está no somatório de ações que contribuam com 1% e não um golpe mágico que defina uma partida.

Se o atleta souber o porquê de estar realizando o gesto, naquele momento decisivo, naquele match point contra, ele não falhará!
Palavras de Bill Tilden em seu livro "Tênis, como jogá-lo melhor" escrito em 1950, atualíssimo ainda em 2020.

Quando alguém lhe disser, minha direita é fraca e não tem potência, pergunte, você tem um "tempinho"?

Um forte abraço
Franco Morais
www. tenniscience.com.br


Do You Know What Moment Of Inertia Means And What Effect Does It Play On Tennis?*

If You Know, Don't Waste Your Time Reading This Article!


Hello tennis player!

A few years ago, a tennis player friend of the Author asked what the "Speed ​​Stop" gesture or movement was.

The Author thought well and at the moment was unable to find an answer to such a question, since he had never heard of this movement or stroke in tennis.

She laughed and while he was thinking, the friend made the move regarding the "Speed ​​Stop".

Do you know what she meant?

Nothing more than the "Split Step"!

Well, it happened in a club that is a national and world reference in the sports area.

And guess who explained to her in a lesson what the "Speed ​​Stop" was?

Your "tennis coach" from that club!

For the "coach", in his simplicity and unpreparedness, his "Speed ​​Stop" was just the "Split Step".

At that moment, the Author, almost infarcted.

In fact, I didn't know whether to laugh or cry with sadness.

Imagine now what happens throughout the country with regard to the unpreparedness of "coaches" with regard to the teaching of tennis.

And that goes for all fields of learning.

Having made these curious and regrettable comments, we can enter a slightly more arid area and deal with a fundamental issue for the advancement of the tennis level of TenniScience readers.

Today, the Author will present you with the application of the Moment of Inertia in the right or forehand strokes.

Of course, this also applies to lefties.

The Moment of Inertia is a force that is opposed to any rotation movement.

It has nothing to do with frictional, aerodynamic or any other forces.

It is a property of any matter.

This concept is fundamental and in tennis it can never be forgotten.

It is linked to Newton's First Law, but does not have the same function.

Its formula is: I = m x r²

I = moment of inertia

m = mass

r = radius

That is, body mass times the radius of the same body squared.

Very simple, but with extraordinary power, especially in tennis.

The Moment of Inertia is applied in countless cases in our daily lives.

A good example is the alloy wheels used in cars.


They are not only more beautiful than steel ones, they help and greatly reduce fuel consumption.

And why do alloy wheels have an advantage over steel wheels?

Weight, weight and weight!

As the dimensions of the alloy and steel wheels are similar, the weight will dictate the advantages.


As I = m x r², if we reduce the mass or weight, the force contrary to the rotation movement or the Moment of Inertia will be less, therefore less engine power will be required with consequent reduction of fuel.



Live and extraordinary example of the skater rotating in the air and brilliantly applying the Moment of Inertia to the followers of the blog.
Note that the skater's arms are fully shrunk and supported on the chest.
In this position, she reached maximum efficiency to reduce its Moment of Inertia and produce the highest rotation.

Very well, and what does the Moment of Inertia have to do with forehand stroke?

Simply anything and everything!

However, this is not explained to the tennis players, since the Material Resistance  is unfortunately not taught in Physical Education Schools in Brazil.

The preparation of a forehand requires special attention.

I will not deal with the positioning of the feet, as it would require another article.

What really interests us is that the opposite shoulder, that is the left shoulder, is pointed at the ball.

And not only that, the left arm and forearm must be stretched towards the ball, to compensate for the balance of the body, since the right arm and forearm will also be stretched and wielding the racket.



The photo above clearly shows the tennis player pointing his left arm stretched towards the ball, balancing his body, since his right arm is also stretched due to the preparation of the stroke.

Note that the left shoulder is also pointing towards the ball.

Perfect position to the stroke!

In the overwhelming majority of beginners and even intermediate tennis players, this positioning does not occur, and the "coaches" do not correct the gesture.

We then see the left arm dropped, contracted and the impression is that such athletes would play without the slightest problem with their left hand in their pocket!

As the forehand stroke is only successful and potent if there is rotation of our torso and consequently the shoulder, there comes our brave, fearless and incorruptible Moment of Inertia.

So, how can I reduce the force that resists the rotation of the trunk and shoulders?

The masses of the right and left arms and forearms are the same, except for around 300 g referring to the racket weight.

The shoulders, left and right, can be considered with the same masses.

Now, if I cannot reduce the mass of the limbs during the stroke, I can reduce the radius of my left arm and thereby decrease the Moment of Inertia!

Ideally, it would be healthy to also reduce the length of the right arm and forearm a little to produce more results in the total sum of the Moment of Inertia, but this will be discussed in a future article for advanced tennis players.

What is the tactic?

During the movement, when I start the stroke, I shorten the left arm and forearm at high speed until the hand hits chest.

It is the smallest measure that I can shorten my arm during the gesture.

That simple!

In professional games, we can see the right and left forearms and arms practically stretched, but as the blow is produced, the left arm is shrunk until it hits the chest or chest.

This produces a brutal rotation of the trunk and shoulders, consequently a great acceleration of the racket and ball is produced.



Del Potro demonstrating to the delight of readers of the blog the completion of the forehand with the application of the Moment of Inertia.

We do not see in the photo, the beginning of the stroke, but without a doubt, the left shoulder and the arm were certainly pointed at the ball.

Del Potro lost some energy, which could be transferred to the ball, if he had touched his left hand fully to the body.

It would have further reduced the length of the arm and decreased the Moment of Inertia.



Federer giving a presentation to readers of the blog, demonstrating reducing the length of his left arm to also decrease the Moment of Inertia and thereby speed up the rotation of the shoulders.
This greatly accelerates the racket and the ball in turn.
Unfortunately we do not have the complete completion of the stroke at this video.

https://www.youtube.com/watch?v=ZJ__Ktq0WWo&feature=youtu.be

In this link Federer demonstrates the complete application of the Moment of Inertia using the contraction of the left arm close to the body to maximize the rotation of shoulders.



Sofia Kenin, showing the privileged readers of the blog, the state of the art of completing forehand.

Left arm totally shrunk, touching the chest, reduced the Moment of Inertia as much as possible and promoted a brutal turn of the shoulders and consequently accelerated the ball as much as possible.

With a small stature, short arms, short legs, he applied physics totally in his favor.

Did she win the Australian Open just by chance?

Anyone who thinks that the arms produce the acceleration of the racket is completely wrong.

The arms are accelerated by the rotation of the trunk and shoulders.

Of course, in many emergency situations where there is no time to rotate the torso and shoulders, we can only use arm acceleration, but power and speed will be compromised.

Next, we will simulate an experiment using the Moment of Inertia.

The formula, as we already know, is as follows:

I = m x r²

The Author's arm, when stretched, is about 0.60 m to the shoulder.

When the arm is retracted at the end of the movement, it will have touched the chest, with a length around 0.10 m in relation to the shoulder.

For calculation and simulation purposes, we will consider that the right arm does not interfere in the process.

Left arm stretched

I = m x 0.60² => I = m x 0.36

Left arm shrunk

I = m x 0.10² => I = m x 0.01

Proportion of Moment of Inertia of the stretched arms / shrunk arm = 0.36 / 0.01 = 36!

This is the reduction that the Moment of Inertia would have in the hypothetical example, and that means much less effort to rotate the shoulders, thereby accelerating the racket and in turn the ball.

As the radii are raised to the square, the values ​​are brutally changed according to their variable lengths.

It is clear that the value obtained from 36 does not represent the reality of the facts, as we would have to measure the exact radius of rotation of our complete body, before and at the end of the stroke, but the exercise above demonstrates the strength of our esteemed and incorruptible Moment of Inertia.

It is not by chance that the level of Brazilian professional tennis today is in free fall and the prospects are not the best.

In no area of ​​human development, it is possible to achieve progress without study, research and technology.

Share the information presented by the Author to form a crusade for the training of Brazilian tennis at its highest level.

On the "About the Author" page, it is mentioned that information that is not disseminated is worth zero!

Do not accept that your "coach" continues with the old tradition of incentives "beautiful, good ball, go for it," and bizarre comments.

In a tennis game, the details are fundamental and the success is the sum of actions that contribute with 1% and not a magic stroke that defines a match.

If the athlete knows why he is performing the gesture, at that decisive moment, at that match point against him, he will not fail!

Words by Bill Tilden in his book "Tennis, how to play it better" written in 1950, very current even in 2020.

When someone tells you, my forehand is weak and has no power, ask, can we talk a little bit?

Best regards
Franco Morais
www. tenniscience.com.br

O Que Representam Cinco Horas em Um Jogo de Tênis?/What Do Five Hours Mean In a Tennis Game?*

O Que Você Acha de Um Jogo de Tênis de Cinco Horas?

Se Acredita Que é Muito, Então Não Perca Seu Tempo Lendo Esse Artigo!


Olá tenista!

Muito se fala sobre a grande extensão de um jogo de tênis num Grand Slam, onde são jogados até cinco sets.

Temos observado ao longo dos anos que a ATP e a ITF têm realizado algumas transformações na tentativa de reduzir jogos extensos, muito mais por questões comerciais com as transmissões de televisão do que preocupação com a saúde dos atletas.

O tênis como esporte gera bilhões de dólares de vendas por ano e só a comercialização de raquetes no mundo em 2019 atingiu a expressiva cifra de US$ 330 milhões!

Vendas de raquetes em 2019: https://www.marketwatch.com/press-release/tennis-racquet-market-global-industry-research-size-share-growth-trends-and-forecast-20192024-2019-03-25

No decorrer de décadas foram introduzidas novas regras como, o tie break, a eliminação do descanso após o primeiro game do set, a introdução dos 25 segundos após o término do ponto, limitação de tempo para atendimento médico, dentre outros implementos, justamente para reduzir o tempo do jogo que pode se tornar extremamente longo.

Mas será que cinco horas de jogo, realmente representam cinco horas de movimento incessante?
Para responder essa pergunta, o Autor, curioso e intrépido como sempre, resolveu pesquisar o que efetivamente ocorre num jogo de tênis em termos de movimentação.

Em inúmeros artigos já publicados por diversos veículos, comenta-se uma máxima que num jogo de tênis, 90% dos pontos jogados não ultrapassam 10 segundos!
Para quem não está afeito a dados estatísticos no tênis, os números acima podem parecer inconsistentes ou até mesmo completamente absurdos.

Se os leitores do blog pesquisarem, vão observar que na esmagadora maioria dos jogos de cinco sets, independentemente do tipo de quadra, cerca de 300 pontos são jogados com um desvio aproximado de ±15%.
Isso significa que estamos abrangendo uma faixa de 255 a 345 pontos jogados.
Além disso, tais jogos de cinco sets beiram ou ultrapassam cinco horas de intensa movimentação.

Ora, se a máxima que "90% dos pontos jogados não ultrapassam 10 segundos" é verdadeira, podemos fazer alguns cálculos interessantes:

Número de pontos jogados: 300
Porcentagem de pontos jogados: 90%
Tempo decorrido em cada ponto jogado: ≤ 10 segundos

Portanto: 300 x 0,90 x 10 = 2.700 segundos ou 2.700/60 = 45 minutos!

Epa!
Então, em um jogo de cinco horas, temos apenas 45 minutos efetivamente jogados?
A resposta é não, pois ainda devemos considerar os 10% dos pontos restantes que não foram computados.
Vamos fazer um exercício e supor que nos 10% dos pontos restantes, ou sejam 30 pontos, tenham sido gastos o dobro de tempo, no caso 20 segundos.
Teríamos então os seguintes cálculos:

Número de pontos jogados: 30
Porcentagem de pontos jogados: 100%
Tempo decorrido em cada ponto jogado:  ≤ 20 segundos (em tênis, uma eternidade)

Logo: 30 x 20 = 600 segundos ou 600/60 = 10 minutos

Somando os pontos jogados por 10 segundos e 20 segundos, teremos um resultado final de 55 minutos contra cinco horas de tempo decorrido.

Como cinco horas representam 300 minutos, 55 minutos refletem:
55/300 x 100 = 18,33% , ou seja, apenas 18% do tempo total é efetivamente jogado.
O resto do tempo é consumido com troca de lado, descanso, atendimento médico, chamadas de Hawk-Eye, trocas de raquetes, discussões com juízes, idas ao vestiário, público se movimentando e demais interrupções. 

Os leitores mais envolvidos com Estatística, já perceberam que quando foi dito que 90% dos pontos não ultrapassam 10 segundos, teremos pontos jogados com 1, 2, 3...10 segundos, e os valores abaixo de 10 segundos não foram computados.

E isso também vale para o caso dos 20 segundos dos pontos jogados.

Em outras palavras, o tempo estimado de 55 minutos de jogo efetivo, está superdimensionado!
Por incrível que pareça, um jogo de tênis de cinco horas está muito abaixo dos 55 minutos estimados pelos cálculos do curioso e intrépido Autor.

Bem, tudo isso poderia ser uma grande mentira ou um delírio do Autor, após ter tomado algumas cervejas e avaliado mal a questão da "máxima dos 90%".

Para o azar dos incrédulos, ainda existe gente inteligente habitando um tal planeta denominado Terra.

E essa turma inteligente teve a ideia e a paciência de analisar os tempos consumidos nos pontos jogados em uma partida de tênis.


O artigo fui publicado no prestigioso British Journal of Sports Medicine com o título "Intensity of Tennis Match Play" e seus autores são J Fernandez, A Mendez-Villanueva, and B M Pluim.

Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2653872/

Basicamente os autores avaliaram inúmeros jogos de tênis com homens e mulheres, em diversos tipos de quadras, bolas e diferentes níveis de jogadores.

Diversas conclusões interessantes foram obtidas, mas a principal que nos interessa é a referente aos tempos de bola por ponto jogado.

A tabela 1 abaixo demonstra os resultados:





















A coluna Reference apresenta o nome dos pesquisadores, turma de primeira linha.

A segunda coluna trata dos gêneros e o nível dos jogadores analisados.

A terceira coluna, a que efetivamente nos interessa, avalia os tempos médios em segundos da bola em movimento por ponto jogado. Os dados em parenteses indicam o desvio padrão obtido. 

Como já apresentamos em um outro artigo, o desvio padrão é o erro em relação à média.

Fica nítido que realmente o Autor superdimensionou a estimativa de 55 minutos de bola em jogo para uma partida de cinco horas.

A esmagadora maioria dos tempos observados estão muito abaixo dos 10 segundos apregoados pela "máxima que 90% dos pontos jogados não passam de 10 segundos".

O Autor teve o cuidado de calcular a média da tabela Rally Time (Tempo de Rally) e obteve o valor de 6,55 segundos com um desvio padrão de 1,85.

Se formos aplicar o valor de 6,55 segundos por 300 pontos jogados, nossos cálculos demonstrarão o seguinte:

Número de pontos jogados: 300
Porcentagem de pontos jogados: 100%
Tempo decorrido em cada ponto jogado:   6,55 segundos

300 x 6,55 = 1.965 segundos ou 1.965/60 = 32,75 minutos!

Sim, jogos de cinco horas, representam apenas pouco mais do que 32 minutos!

Pois é, você que acreditava em Papai Noel, deve estar muito desapontado!

Se algum leitor não acreditar nos cálculos e na tabela apresentadas, faça o seguinte teste:
Edite no YouTube um jogo de 5 horas com um aplicativo apropriado, grave apenas quando a bola estiver em jogo e some o tempo total.
Terá uma grande surpresa!

Agora vem o pior, você pode imaginar quanto tempo um jogador de duplas amador de fim de semana se movimenta em um jogo de um set?

Quando alguém lhe perguntar o que você acha de um jogo de cinco horas, pergunte, você tem um "tempinho"?

Um forte abraço
Franco Morais
www.tenniscience.com.br


What Do You Think of a Five Hour Tennis Game?*

If You Believe it is Too Much, Then Don't Waste Your Time Reading this Article!


Hello tennis player!

Much is said about the great extent of a tennis game in a Grand Slam, where up to five sets are played.

We have observed over the years that ATP and ITF have undergone some transformations in an attempt to reduce long games, much more for commercial reasons with television broadcasts than concern for the health of athletes.


Tennis as a sport generates billions of dollars of sales per year and only the racquet sales in the world in 2019 reached the expressive figure of US $ 330 million!

Racquet sales in 2019: https://www.marketwatch.com/press-release/tennis-racquet-market-global-industry-research-size-share-growth-trends-and-forecast-20192024-2019-03-25

Over the decades, new rules were introduced, such as the tie break, the elimination of rest after the first game of the set, the introduction of 25 seconds after the end of the point, time limitation for medical care, among other implements, precisely to reduce the time of the game which can become extremely long.

But do five hours of play really represent five hours of unremitting movement?

To answer this question, the Author, curious and intrepid as always, decided to research what actually occurs in a tennis game in terms of movement.

In numerous articles already published by different media, a maxim is commented that in a tennis game, 90% of the points played do not exceed 10 seconds!

For those who are not used to statistical data in tennis, the numbers above may seem inconsistent or even completely absurd.

If readers of the blog research, they will see that in the overwhelming majority of five-set games, regardless of the type of court, about 300 points are played with an approximate deviation of ± 15%.

This means that we are covering a range of 255 to 345 points played.

In addition, such games of five sets border or exceed five hours of intense movement.

Now, if the maxim "90% of the points played does not exceed 10 seconds" is true, we can make some interesting calculations:

Number of points played: 300

Percentage of points played: 90%

Time elapsed at each point played: ≤ 10 seconds

So: 300 x 0.90 x 10 = 2.700 seconds or 2.700 / 60 = 45 minutes!

Wow!

So, in a five-hour game, do we only have 45 minutes actually played?

The answer is no, as we still have to consider the 10% of the remaining points that have not been computed.

Let's do an exercise and assume that in the remaining 10% of the points, or 30 points, twice as much time has been spent, in this case 20 seconds.

We would then have the following calculations:

Number of points played: 30

Percentage of points played: 100%

Time elapsed at each point played: ≤ 20 seconds (in tennis, an eternity)

So: 30 x 20 = 600 seconds or 600/60 = 10 minutes

Adding the points played for 10 seconds and 20 seconds, we will have a final result of 55 minutes against five hours of elapsed time.

As five hours represent 300 minutes, 55 minutes reflect:

55/300 x 100 = 18.33%, that is, only 18% of the total time is actually played.

The rest of the time is spent with changing sides, rest, medical care, Hawk-Eye calls, racquet changes, discussions with judges, going to the locker room, the public moving and other interruptions.

Readers more involved with Statistics, have already realized that when it was said that 90% of the points do not exceed 10 seconds, we will have points played with 1, 2, 3 ... 10 seconds, and the values ​​below 10 seconds have not been computed.

This is also true for the 20 seconds of the points played.

In other words, the estimated time of 55 minutes of effective play is oversized!

Incredibly, a five-hour tennis game is well below the 55 minutes estimated by the calculations of the curious and intrepid Author.

Well, all of that could be a big lie or a delusion from the Author, after having had a few beers and misjudging the "90% maximum" issue.


Unfortunately for unbelievers, there are still intelligent people inhabiting such a planet called Earth.

And this smart group had the idea and the patience to analyze the times consumed in the points played in a tennis match.

The article was published in the prestigious British Journal of Sports Medicine with the title "Intensity of Tennis Match Play" and its authors are J. Fernandez, A. Mendez-Villanueva, and B. M. Pluim.

Source: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2653872/

Basically, the authors evaluated numerous tennis games with men and women, in different types of courts, balls and different levels of players.

Several interesting conclusions were reached, but the main one that interests us is that the time of the ball moving per point played.


Table 1 below shows the results:


The Reference column shows the name of the researchers, a first-class class.

The second column deals with the genres and the level of the players analyzed.

The third column, the one that really interests us, evaluates the average times in seconds of the ball in motion per point played. The data in parentheses indicate the standard deviation obtained.

As we have already presented in another article, the standard deviation is the error in relation to the mean.

It is clear that the Author really oversized the estimated 55 minutes of the ball in play for a five-hour game.

The overwhelming majority of observed times are well below the 10 seconds proclaimed by the "maximum that 90% of the points played are no more than 10 seconds".

The Author was careful to calculate the average of the Rally Time table and obtained the value of 6.55 seconds with a standard deviation of 1.85.

If we apply the value of 6.55 seconds for 300 points played, our calculations will show the following:

Number of points played: 300

Percentage of points played: 100%

Elapsed time at each point played: ≤ 6.55 seconds

300 x 6.55 = 1,965 seconds or 1,965 / 60 = 32.75 minutes!

Yes, five-hour games represent just over 32 minutes!

Well, you, who believed in Santa Claus, must be very disappointed!

If any reader does not believe the calculations and table presented, do the following test:

Edit a 5-hour game on YouTube with an appropriate app, record only when the ball is in play and add up the total time.

You will be in for a big surprise!

Now comes the worst, can you imagine how long a weekend amateur doubles player spends in a set game?

When someone asks you what you think of a five-hour game, ask, can we talk a little bit?

Best regards
Franco Morais
www.tenniscience.com.br