Se Você Acredita Que Isso Não Possa Ocorrer, Então Não Perca Tempo Lendo Esse Artigo!
Olá tenista!
Muito se escreve sobre diversas maneiras de incrementarmos topsin numa bola de tênis, mas poucos artigos foram tão fundo nessa questão.
Pesquisando matérias sobre o assunto em pauta, encontrei um artigo em inglês publicado por dois japoneses que merece ser considerado.
A seguir vou apresentar um resumo da matéria e do que considerei mais relevante para os nossos leitores.
No final da página será inserido o link para quem desejar se aprofundar mais sobre a publicação.
A matéria é complexa e longa, além exigir bons conhecimentos de Física e Matemática avançadas.
A seguir vou apresentar um resumo da matéria e do que considerei mais relevante para os nossos leitores.
No final da página será inserido o link para quem desejar se aprofundar mais sobre a publicação.
A matéria é complexa e longa, além exigir bons conhecimentos de Física e Matemática avançadas.
Os Autores são Yoshihiko Kawazoe e Kenji Okimoto e pertenceram ao Department of Mechanical Engineering, Saitama Institute of Technology, Saitama, Hiroshima, Japan, quando a matéria em pauta foi publicada.
Kawazoe é engenheiro e possui doutorado pela Universidade de Tóquio.
A quantidade de artigos técnicos publicados por ambos autores e em especial as citações sobre os mesmos realmente impressiona.
Os autores iniciam a matéria discorrendo sobre o incremento de topspin obtido por lubrificação nos encordoamentos já usados ou parcialmente gastos e a questão dos "notches", marcas ou entalhes, que ocorrem na interseção entre as cordas.
Para as análises, foi utilizada uma câmera de vídeo de alta velocidade produzindo 10.000 quadros/segundo.
Para quem desconhece, uma filmadora comum produz algo em torno de 24 quadros/segundo.
Ao contrário que a teoria convencional apregoa sobre spin, os autores demonstram que quando os encordoamentos longitudinais, os mais longos, são esticados e retornam à posição anterior através da lubrificação, a bola é impulsionada com muito maior spin após o contato ser realizado.
Os autores sugerem que o movimento das cordas longitudinais ou as mais longas é que promove a rotação da bola.
Os autores sugerem que o movimento das cordas longitudinais ou as mais longas é que promove a rotação da bola.
Mais spin produz maior tempo de contato entre a bola e o encordoamento, resultando em redução de vibrações durante o impacto com a bola de acordo com os experimentos realizados no sistema raquete-braço.
Na foto abaixo podemos notar claramente o que os redatores denominam de "notches" ou entalhes no encordoamento.
Sem mais delongas, vamos ao resumo das experiências realizadas.
No gráfico abaixo podemos observar os resultados de laboratório obtidos através de encordoamentos usados ou parcialmente gastos, com lubrificante e sem o mesmo.
No gráfico abaixo podemos observar os resultados de laboratório obtidos através de encordoamentos usados ou parcialmente gastos, com lubrificante e sem o mesmo.
Na figura 10 abaixo, temos vários gráficos que comparam rotações, tempos de contato e velocidades de saída da bola nas diversas condições de encordoamentos:
O quadro comparativo revela fatos extremamente interessantes e promissores.
No quadro (a), fica clara e nítida a diferença da rotação da bola entre encordoamentos novos, usados lubrificados e não lubrificados.
Entre os dois últimos, fica a clara a vantagem dos usados e lubrificados.
No quadro (b), por incrível que pareça, os tempos de contato com a bola dos encordoamentos novos e os lubrificados usados são praticamente os mesmos.
No quadro (c), observamos que a velocidade de saída da bola no caso do encordoamento usado e sem lubrificação é a maior, inclusive superando o encordoamento novo. O encordoamento lubrificado e usado, supera o encordoamento novo na variável velocidade de saída da bola.
O Autor do blog, gostaria de deixar dois comentários.
O primeiro é que em Wimbledon no ano passado, Roger Federer foi flagrado pelas câmeras utilizando "string ling" ou fixador de cordas, muito apreciado nos anos '70 e '80 por inúmeros tenistas.
Se Federer desejava acelerar a bola e reduzir o spin, acertou na mosca!
Perdeu a Final no quinto set e no tie-breaker por 7 a 3.
O "string ling" não permite que as cordas da raquete se movam, aumentado a velocidade da bola e reduzindo o spin.
É o caso semelhante da figura 10 no item (c) onde fica demonstrado que as cordas com "notches" ou entalhes, produzem maior velocidade de saída da bola.
O segundo comentário está relacionado com o testes de laboratório realizados por Kawazoe e Okimoto.
Porque não foram realizados testes com encordoamentos novos lubrificados, comparados com os demais?
É uma boa pergunta e a resposta fica para os leitores do blog pensarem um pouco.
Enquanto no nosso país, muitos técnicos, professores e instrutores de tênis ministram suas aulas dizendo "vamos garoto", "linda bola", "mexa os pés", "vai nela" e demais curiosos incentivos, sem explicar o porquê do motivo do gesto ou movimento, existem pessoas no primeiro mundo tratando o assunto com seriedade e aplicando a Ciência em prol do desenvolvimento do esporte.
Quando alguém lhe perguntar se há um meio de aumentar o spin, pergunte, você tem um "tempinho"?
Um forte abraço
Franco Morais
www.tenniscience.com.br
Fonte: Tennis Top Spin Comparison between New, Used and Lubricated Used Strings by High Speed Video Analysis with Impact Simulation
Does WD-40 Spin Up a Tennis Ball?
If You Believe This Can't Happen, Then Don't Waste Time Reading This Article!
Hello tennis player!
Much has been written about different ways to increase topsin on a tennis ball, but few articles have gone so deep into this issue.
Researching articles on the subject in question, I found an article in English published by two Japanese that deserves to be considered.
Below I will present a summary of the article and what I considered most relevant to our readers.
At the end of the page, a link will be inserted for those who wish to learn more about the publication.
The subject is complex and long, and requires good knowledge of advanced physics and mathematics.
The Authors are Yoshihiko Kawazoe and Kenji Okimoto and belonged to the Department of Mechanical Engineering, Saitama Institute of Technology, Saitama, Hiroshima, Japan, when the article in question was published.
Kawazoe is an engineer and holds a doctorate from the University of Tokyo.
The number of technical articles published by both authors and in particular the citations about them is really impressive.
The authors begin the article by discussing the increment of topspin obtained by lubrication in the strings already used or partially worn and the issue of "notches", marks, which occur at the intersection between the strings.
For the analysis, a high speed video camera was used, producing 10,000 frames / second.
For those unfamiliar, an ordinary camcorder produces something around 24 frames / second.
Contrary to what conventional theory claims about spin, the authors demonstrate that when the longitudinal strings, the longest, are stretched and return to the previous position through lubrication, the ball is propelled with much greater spin after contact is made.
The authors suggest that the movement of the longitudinal or longest strings is what promotes the rotation of the ball.
More spin produces longer contact time between the ball and the string, resulting in reduced vibrations during the impact with the ball according to the experiments carried out in the racket-arm system.
In the photo below, we can clearly see what the editors call "notches" or marks in the string.
Without further ado, let's go to the summary of the experiments carried out.
In the graph below we can see the laboratory results obtained through used or partially worn strings, with lubricant and without it.
It is noted that the difference between the strings used with and without lubrication is surprising, with respect to the rpm (revolutions / minute) of the ball and favorable to the stringing with lubrication: about the double.
In figure 10 below, we have several graphs that compare rotations, contact times and speeds of the ball exit in the different stranding conditions:
In table (a), the difference in the rotation of the ball between new, used lubricated and non-lubricated strings is clear and sharp.
Between the last two, the advantage of used and lubricated ones is clear.
In table (b), oddly enough, the times of contact with the ball of the new strings and the lubricants used are practically the same.
In table (c), we observe that the ball's outlet speed in the case of the used and un lubricated string is the highest, even surpassing the new string. The lubricated and used stringing surpasses the new stringing in the variable ball exit speed.
The Author of the blog would like to leave two comments.
The first is that at Wimbledon last year, Roger Federer was spotted by the cameras using "string ling" or string fastener, much appreciated in the '70s and '80s by countless tennis players.
If Federer wanted to accelerate the ball and reduce the spin, he hit the bull's eye!
He lost the Final in the fifth set and in the tie-breaker by 7 to 3.
The "string ling" does not allow the strings of the racket to move, increasing the speed of the ball and reducing the spin.
It is the case similar to figure 10 in item (c) where it is shown that the strings with "notches", produce greater speed of exit of the ball.
The second comment is related to the laboratory tests carried out by Kawazoe and Okimoto.
Why haven't tests been performed with new lubricated strings compared to the others?
It's a good question and the answer is for the blog readers to think a little bit.
While in our country, many tennis coaches, teachers and instructors teach their classes saying "come on boy", "beautiful ball", "move your feet", "go for it" and other curious incentives, without explaining the reason for the gesture or movement, there are people in the first world taking the matter seriously and applying science for the development of sport.
When someone asks you if there is a way to increase the spin, ask, can we talk a little bit?
Best regards
Franco Morais
www.tenniscience.com.br
Source: Tennis Top Spin Comparison between New, Used and Lubricated Used Strings by High Speed Video Analysis with Impact Simulation