Se Você Acha Que Sim, Não Perca Tempo Lendo Essa Matéria!
Olá tenista!
A terminação ou follow through em um golpe de tênis já foi e é causa de uma infinidade de comentários e vídeos por parte de estudiosos, técnicos e professores da modalidade.
Como já foi comentado na página "Sobre o Autor", mitos e crenças serão objeto de análises e sumariamente destruídas, podendo produzir substancial desconforto e dissabor aos leitores do blog.
Tudo indica que no decorrer desse artigo, os leitores do blog enfrentarão uma mistura de momentos de humor e raiva ao mesmo tempo.
Humor em função das bobagens que nos são apresentadas todos os dias com orientações e soluções mágicas para uma perfeita terminação do golpe.
Raiva pelo simples fato que a terminação nada tem a ver com a direção, profundidade e velocidade da bola.
A razão é simples, a bola não tem capacidade de pensar, não sabe e não é influenciada pelos movimentos posteriores ao seu contato com a bola!
Parece piada, mas somos impelidos a acreditar que após o impacto da raquete com a bola, ainda podemos controlar o seu destino!
E essa crença nos é incentivada há mais de um século e ninguém com suficiente massa encefálica se dispôs a analisar a questão.
Vamos aos fatos.
O Autor já publicou dois artigos que serão as bases de nossas análises: "Impacto da Bola na Raquete de Tênis" e "Controle da Bola em Contato com a Raquete".
Os citados artigos apresentam dois gráficos produzidos por Simon Goodwill que se referem aos tempos que a bola se mantém em contato com a raquete e o espaço percorrido pela mesma.
Inicialmente, iremos rever o gráfico que trata dos tempos da raquete em contato com a bola.
O gráfico acima demonstra que os tempos mínimos e máximos de contato são 3 e 5 ms respectivamente, com a media de 4 ms.
Para os leitores do blog terem uma ideia, um piscar de olhos se situa na faixa de 100 a 400 ms.
Fonte:http://cbic2017.org/papers/cbic-paper-83.pdf
Em outras palavras, temos apenas entre 3 e 5 ms para transferirmos velocidade, profundidade e direção à bola através da raquete.
O Autor vai agora reapresentar o gráfico que contempla os espaços que a bola percorre enquanto está em contato com a bola.
O gráfico acima, também proposto por Simon Goodwill, indica que os espaços mínimos e máximos que a bola se mantém em contato com a bola são de 15 a 55 mm, com média de 35 mm.
Ora, se a média de contato da bola com a raquete é de 35 mm ou 3,5 cm, porque é que um tenista deveria continuar a terminação ou follow through, mesmo após o contato?
O conceito fundamental e que todos os leitores do blog compreendam, é que para a bola, nada interessa depois do contato dela com a raquete.
Se o tenista der três pulinhos, bater palmas ou fizer qualquer gesto, depois que a bola perdeu o contato com a raquete, nada impedirá dela seguir seu curso!
O importante é que naqueles 35 mm ou 3,5 cm, a bola seja dirigida com a velocidade, profundidade e direção desejadas para o local estabelecido previamente.
O que o tenista fará após o contato é irrelevante.
Se o braço vai ficar acima ou abaixo da cabeça, se a raquete vai ficar sobre o ombro ou atrás dele, isso nada mudará o curso da bola, pois ela já estará muito longe do impacto. Frear a raquete após o contato da bola, também não mudará o rumo da mesma.
No artigo "Controle da Bola em Contato Com a Raquete", demonstramos que quando o tenista "sente" a bola na raquete, ela já está cerca 1,36 m à frente, logo a terminação ou follow through tem outro objetivo, que é desacelerar o braço adequadamente para não lesá-lo.
Se um tenista, após contatar a bola, frear o ombro e o braço violentamente, a lesão será iminente.
O tênis, como esporte e devido suas peculiaridades, por si só já provoca inúmeros danos à musculatura esquelética.
Se adicionarmos mais esforços solicitantes às articulações, o desastre se tornará irreversível.
A grosso modo e um bom exemplo seria o de corrermos uns poucos metros e pararmos o mais rapidamente possível, ou seja frearmos.
Realizando esse procedimento centenas ou milhares de vezes, nossas articulações de coluna, quadril, joelho e tornozelo, não resistirão e as lesões ocorrerão a curtíssimo prazo.
Já observaram o final de uma corrida de 100 m rasos?
Notaram quantos metros os atletas percorrem após a linha chegada até pararem?
Para eles, é uma terminação ou follow through, justamente com o objetivo de evitar lesões em seus membros.
Quando alguém lhe disser que tem que "seguir" a bola para definir velocidade, profundidade e direção, pergunte, você tem um "tempinho"?
Um forte abraço
Franco Morais
www.tenniscience.com.br
Does
the Termination or Follow Through of a Tennis Strike Determines the Direction,
Depth and Speed of the Ball?*
If You Think So, Don't Waste Time Reading This Article!
Hello
tennis player!
The follow through on a tennis stroke has been and is the cause of a
multitude of comments and videos by coaches and trainers of the sport.
As
already mentioned on the "About the Author" page, myths and beliefs
will be the object of analysis and summarily destroyed, which can produce
substantial discomfort and unpleasantness for readers of the blog.
It
all indicates that in the course of this article, blog readers will face a
mixture of moments of humor and anger at the same time.
Humor
due to the nonsense that is presented to us every day with directions and
magical solutions for a perfect follow through.
Anger
for the simple fact that the follow through has nothing to do with the
direction, depth and speed of the ball.
The
reason is simple, the ball has no ability to think, it does not know and is not
influenced by the movements after its contact with the ball!
It
sounds like a joke, but we are impelled to believe that after the impact of the
racket with the ball, we can still control its destiny!
And
this belief has been encouraged for more than a century and no one with
sufficient brain matter was willing to analyze the issue.
Let's
get to the facts.
The
Author has already published two articles that will be the basis of our analysis:
"Impact of the Ball on the Tennis Racket" and "Control of the
Ball in Contact with the Racket". The aforementioned articles present two
graphics produced by Simon Goodwill that refer to the times the ball is in
contact with the racket and the space covered by it.
Initially,
we will review the graph that deals with the times of the racket in contact
with the ball.
The
graph above shows that the minimum and maximum contact times are whitin 3 and 5 ms
respectively, with an average of 4 ms. For the readers of the blog to have an
idea, a blink of an eye is in the range of 100 to 400 ms.
In
other words, we only have between 3 and 5 ms to transfer speed, depth and
direction to the ball through the racket.
The
Author will now redisplay the graph that contemplates the space that the ball
travels while in contact with the ball.
The
graphic above, also proposed by Simon Goodwill, indicates that the minimum and
maximum space that the ball keeps in contact with the ball are from 15 to 55
mm, with an average of 35 mm.
Now,
if the average contact of the ball with the racket is 35 mm or 3.5 cm, why
should a tennis player continue to follow through, even after contact?
The
fundamental concept, which all readers of the blog should understand is that for the
ball, nothing matters after its contact with the racket.
If
the tennis player makes three leaps, claps or makes any gesture, after the ball
has lost contact with the racket, nothing will stop it from running its course!
The
important thing is that in those 35 mm or 3.5 cm, the ball is directed with the
desired speed, depth and direction to the previously established location.
What
the tennis player will do after contact is irrelevant.
If
the arm is going to be above or below the head, if the racket is going to be
over the shoulder or behind it, this will not change the course of the ball, as
it will be far from impact. Slow down the racket after contacting the ball will
also not change its direction.
In
the article "Control of the Ball in Contact with the Racket", we
demonstrate that when the tennis player "feels" the ball on the
racket, it is already about 1.36 m ahead, so the follow through has another
objective, which is to slow down the arm properly so as not to harm it.
If
a tennis player, after contacting the ball, violently slow down his shoulder
and arm, the injury will be imminent.
Tennis,
as a sport and due to its peculiarities, alone already causes innumerable
damages to the skeletal musculature.
If
we add more soliciting efforts to the joints, the disaster will become
irreversible.
Roughly
speaking and a good example would be to run a few meters and stop as quickly as
possible, that is to say to brake.
Performing
this procedure hundreds or thousands of times, our spine, hip, knee and ankle
joints will not resist and the injuries will occur in the very short term.
Have
you ever seen the end of a 100 m dash?
Did
you notice how many meters the athletes travel after the finish line until they
stop?
For
them, slowing down and not stop quickly is the aim of avoiding injuries to
their limbs.
When
someone tells you that you have to "follow" the ball to define speed,
depth and direction, ask, can we talk a little bit?
Best
regards
Franco
Morais
www.tenniscience.com.br